Herdeiro da coroa albanesa morre aos 72 anos

Faleceu no passado dia 30, no Hospital Madre Teresa em Tirana, Leka da Albânia (1939-2011 ), último príncipe herdeiro da Albânia, filho do Rei Zog I e da Rainha Geraldine que reinavam em 1939 quando a Itália de Mussolini invadiu a Albânia. Depois da Segunda Guerra Mundial vieram o comunismo e o exílio, e Leka só voltou ao país em 1993 quando foi restabelecida a democracia. No referendo monarquia/república de 1997, 66% dos albaneses quiseram a república, mas a família real continuou a viver no país.

Pretendente ao trono albanês Leka Zogu morre aos 72 anos
Tirana, 30 nov (EFE).- O pretendente ao trono da Albânia, Leka Zogu, morreu nesta quarta-feira aos 72 anos em um hospital de Tirana, informaram fontes do Ministério de Saúde albanês.

Leka foi internado de urgência no hospital em 15 de novembro por causa de uma fibrilação e graves problemas respiratórios. A sua situação piorou na sexta-feira, quando sofreu um enfarte do miocárdio.

Leka Zogu era o único filho da condessa húngara Geraldine Apponyi e Ahmet Zogu,Rei da Albânia entre 1928 e 1939 com o nome de Zog I.

Albânia foi declarada uma monarquia constitucional pela Assembleia Constituinte, e Ahmet Bey Zogu foi coroado Rei sob o título de Zog I. O reino foi a restauração da identidade real que ainda sobrevivia desde o reinado de Skanderbeg no século XV. Também garantiu a permanência da democracia e da ordem na Albânia, que tinha acabado de recuperar sua independência do Império Otomano em 1912

A monarquia albanesa durou até 7 de abril de 1939, quando Zog I abandonou o país após a ocupação militar pelo regime de Mussolini (A Albânia era um protectorado de Itália desde 1928), quando seu filho tinha apenas dois dias de vida.

A família real albanesa passou 63 anos no exílio porque o regime comunista que dominou o país entre 1944 e 1990 proibiu seu retorno, após classificá-la como ‘traidora’.

Durante os anos no exílio, Leka viveu primeiro na Grécia, mas passou por Turquia, França, Reino Unido e Egito, até instalar-se na Espanha onde casou-se com Susan Cullen.

Em 1979, Leka foi expulso da Espanha pelo suposto envolvimento no contrabando de armas. Depois disso, a família real terminou por estabelecer-se na África do Sul.

Após a queda do comunismo em 1991, Leka visitou Albânia várias vezes e em 1997 liderou um protesto violento após perder o plebiscito, que optou por uma república e contra a restauração da monarquia.

O pretendente ao trono, que abandonou o país depois desses factos, foi condenado à revelia em novembro de 1999 a três anos de prisão ‘por organizar manifestações ilegais com participação de pessoas armadas’.

Leka  beneficiou de uma anistia geral e em 2004 estabeleceu-se definitivamente em Tirana com sua mãe, mulher e filho.

Há anos que se retirou da vida política por problemas de saúde, mas teve na Albânia o apoio de um partido minoritário monárquico.

Após sua morte, o pretendente ao trono é seu filho, o príncipe Leka II, que atualmente trabalha como assessor do ministro do Interior. EFE

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